Domingo, 30 de Janeiro de 2005
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
Charlie Chaplin
Sexta-feira, 28 de Janeiro de 2005
'Ninguém disse que os dias eram nossos
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
mais uma madrugada
Ninguém disse que o riso nos pertence
Ninguém prometeu nada
Fui eu que julguei que podia arrancar sempre
mais uma gargalhada
E deixar-me devorar pelos sentidos
E rasgar-me do mais fundo que há em mim
Emaranhar-me no mundo
e morrer por ser preciso
Nunca por chegar ao fim'
Mafalda Veiga
Guardado por zephira às 23:47
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Terça-feira, 25 de Janeiro de 2005
Ela planeou uma viagem fabulosa à Itália. Comprou vários livros de viagem e fez planos maravilhosos: o Coliseu, a Fonte de Trevi, Miguel Angelo, as Gôndolas em Veneza... Aprendeu até algumas frases úteis em italiano. Depois de meses de expectativa, chegou finalmente o dia, fez as malas e foi para o Aeroporto. Horas mais tarde o avião aterrou e o Comandante anunciou:
- Bem vindos à Holanda!
- Holanda?!?, interrogou-se ela. Mas o que é isso de Holanda?? O meu voo era para Itália! Eu devia estar em Itália!
Houve uma mudança no plano de voo. O avião aterrou na Holanda e é lá que tem de ficar. Mas ela estava furiosa! Todas as pessoas que conhecia iam e vinham da Itália... e todas se gabavam das férias maravilhosas que lá passaram. E para o resto da vida ela iria pensar: "- Era ali que eu deveria ter ido. Isso era o que eu tinha planeado!"
Moral da história: se passarmos a vida a lamentar-nos com o facto de não termos ido a Itália, nunca teremos o espírito livre para desfrutar coisas maravilhosas da Holanda: Os moinhos de vento, as túlipas, e até os Rembrandts.
(A pessoa que conta esta história não planeou nenhuma viagem, mas sim um filho. Só que esse filho nasceu deficiente...)
Quarta-feira, 19 de Janeiro de 2005
'Em como é diferente o amor em Portugal!
Nem a frase subtil, nem o duelo sangrento...
É o amor coração, é o amor sentimento.
Uma lágrima... Um beijo... Uns sinos a tocar...
Um parzinho que ajoelha e que se vai casar,
Tão simples tudo! Amor, que de rosas se inflora:
Em sendo triste, canta, em sendo alegre chora!
O amor simplicidade, o amor delicadeza...
Ai, como sabe amar, a gente portuguesa!
Tecer de sol um beijo e, desde tenra idade,
Ir nesse beijo unindo o amor com a amizade,
Numa ternura casta e numa estima sã,
Sem saber distinguir entre a noiva e a irmã...
Fazer vibrar o amor em cordas misteriosas,
Como se em comunhão se entendessem as rosas,
Como se todo o amor fosse um amor somente...
Ai, como é diferente! Ai, como é diferente!'
Júlio Dantas
Guardado por zephira às 20:41
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Terça-feira, 18 de Janeiro de 2005
'Luz vaga, luz vesga, a tua cruz
Já não sai da cama, a minha luz
Luz
Da sala, do quarto
Pilha a palavra
Troca a quantidade, do assunto modal
A tensão está normal
O lábio fora da boca,
A boca fora do mal
Os teus olhos não são de gente
O teu ar foge para cima
Tens a perna no cimento,
Tens a mão no pensamento
Ciclope, cicloturismo
Na parte de fora, na nesga do abismo
Imaginário que remete, para onde ainda não fui
Convite ao Universo
Com a tua própria câmara
Fecho a luz num olho
Prego a tábua à sensação
Som da casa, quando não estás...
Dancei para te ver aqui,
Eu sei que nada mais pode me ajudar
É do nono andar? Sim
Quis pedir ajuda, mas a língua estava morta
Sei lá! Parei de olhar,
Tenho uma corda acesa, prestes a queimar
Não és capaz de me levar a sério.
Vou saltar em teu lugar.
Sei que nada mais pode me ajudar
Atrasa o passo
Leva o lenço à boca
Fica na mira do choque frontal
Não é doença, é um animal
Um ruído feito no acto de fingir
Seres mau, mesmo a dormir'
Mesa e Rui Reininho
Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2005
Para entender o valor de um ano, pergunte a um estudante que repetiu o curso.
Para entender o valor de um mês, pergunte a uma mãe que olha para um bebé prematuro.
Para entender o valor de uma semana, pergunte ao editor de um semanário.
Para entender o valor de uma hora, pergunte aos amantes que esperam para se encontrar.
Para entender o valor de um minuto, pergunte ao viajante que perdeu o combóio.
Para entender o valor de um segundo, pergunte a uma pessoa que esteve a ponto de ter um acidente.
Para entender o valor de uma milésima de segundo, pergunte ao desportista que ganhou uma medalha de prata nas olimpíadas.
O relógio segue a sua marcha... Utilize ao máximo o seu dia.
Guardado por zephira às 19:59
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Quinta-feira, 13 de Janeiro de 2005
'Põe-me o braço no ombro
eu preciso de alguém
Dou-me com toda a gente
Não me dou a ninguém
Frágil
Sinto-me frágil
Faz-me um sinal qualquer
se me vires falar demais
eu às vezes embarco em conversas banais
Frágil
Sinto-me frágil
Frágil
Esta noite estou tão frágil
Frágil
Já nem consigo ser ágil
Está a saber-me mal
Este Whisky de malte
Adorava estar in
Mas estou a sentir-me out
Frágil
Sinto-me frágil
Acompanha-me a casa
já não aguento mais
Deposita na cama
Os meus restos mortais.'
Jorge Palma
Guardado por zephira às 18:47
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Quarta-feira, 12 de Janeiro de 2005
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal?
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram?
Quantas noivas ficaram por casar?
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena?
Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa
Guardado por zephira às 20:29
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Sexta-feira, 7 de Janeiro de 2005
'O amor é a melhor música na partitura da vida.
Sem ele você será um eterno desafinado no imenso coral da humanidade.'
Roque Schneider
Quarta-feira, 5 de Janeiro de 2005
'Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.' Antoine de Saint-Exupéry
Guardado por zephira às 22:01
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Terça-feira, 4 de Janeiro de 2005
'Quando veio,
Mostrou-me as mãos vazias,
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.
E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:
«Não partas nunca mais»
E dançou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.
E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.
Abraçou-me
Como se abraça o tempo,
A vida num momento
Em gestos nunca iguais.
E parou,
Cantou contra o meu peito,
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais.
E partiu,
Sem me dizer o nome,
Levando-me o perfume
De tantas noites mais.'
Pedro Abrunhosa
Guardado por zephira às 20:20
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Sábado, 1 de Janeiro de 2005
Feliz 2005