Segunda-feira, 31 de Outubro de 2005
'Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-se ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...'
Florbela Espanca
Terça-feira, 25 de Outubro de 2005
'Se acreditarmos nas nossas primeiras impressões, arriscamo-nos a formar opiniões bem erradas.'
Luísa Ducla Soares, in Quem está aí?
Terça-feira, 18 de Outubro de 2005
'Não se possui ninguém (mesmo os que pecam não o conseguem) e, sendo a arte a única forma de posse verdadeira, o que importa é recriar um ser e não prendê-lo. Gherardo, não te enganes sobre as minhas lágrimas: vale mais que os que amamos partam quando ainda conseguimos chorá-los. Se ficasses, talvez a tua presença, ao sobrepor-se-lhe, enfraquecesse a imagem que me importa conservar dela ...
... só se possuem eternamente os amigos de quem nos separamos.'
Marguerite Yourcenar, in O Tempo, esse grande escultor
Guardado por zephira às 20:03
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Terça-feira, 11 de Outubro de 2005
'Escrevemos o nome no céu,
Com mil passos de dança por dar,
E mostraste-me um mundo só teu
Com promessas de ir e voltar
E eu estou aqui,
Eu estou aqui,
Eu estou aqui,
Eu estou aqui.
Trouxeste tanto que me querias contar
Sobre as cidades que há no fundo do mar
E eu estou aqui
Eu estou aqui
Estamos tão perto de estar tão longe,
Como dois loucos na madrugada,
Se me dás tudo, ficas com nada
E abrem-se janelas em nós.
Acendi as palavras na pele
Em tatuagens brilhantes de azul
E pousaste-me um beijo fiel
Em telhados de vento e sul.'
Pedro Abrunhosa
Sexta-feira, 7 de Outubro de 2005
'O que mais deixei para trás, em cada viagem que fiz, foram os amigos que não voltei a ver. (...)
Disse-me uma vez, numa dessas constrangentes despedidas, um amigo sarahui: Os que não morrem, encontram-se. Mas aprendi que não era verdade, infelizmente. Quando muito, poderia talvez acreditar que os que se encontraram nunca mais morrem na nossa memória. Mesmo que apareçam tão-somente assim, esporadicamente, do fundo de uma gaveta, onde vive arquivada, a luz dos dias felizes.
Miguel Sousa Tavares, in Sul Viagens
Quarta-feira, 5 de Outubro de 2005
'Cada um é tão infeliz quanto acredita sê-lo.'
Séneca
Domingo, 2 de Outubro de 2005
'Ainda que fôssemos surdos e mudos como uma pedra, a nossa própria passividade seria uma forma de acção.'
Jean-Paul Sartre